5 Fatores Técnicos que Influenciam no Desempenho Orgânico do Website
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

5 Fatores técnicos que influenciam no desempenho orgânico do website

Elton Disner

Sou Desenvolvedor Full Stack, trabalho com programação para Web desde 2009, também atuo nas áreas como design de interfaces e usabilidade.


Tráfego Orgânico


No cenário atual do marketing digital, a otimização do desempenho orgânico de um website desempenha um papel fundamental na atração de tráfego qualificado e no aumento da visibilidade nos mecanismos de busca. Com a crescente concorrência online, não basta apenas ter um site visualmente atraente ou com conteúdo relevante, é essencial que o site esteja tecnicamente preparado para oferecer a melhor experiência possível tanto para os usuários quanto para os motores de busca.

Os fatores técnicos de SEO (Search Engine Optimization) são elementos-chave que podem determinar se seu site será bem posicionado nos resultados de pesquisa. A infraestrutura do site, a velocidade de carregamento, a estrutura de URLs, a compatibilidade com dispositivos móveis e a segurança, entre outros aspectos, têm um impacto direto na indexação e no ranking. Portanto, a abordagem técnica deve ser uma prioridade estratégica, com foco em melhorias contínuas e na garantia de que todos os componentes do site funcionem perfeitamente.

A seguir, discutiremos cinco fatores técnicos cruciais que, quando otimizados adequadamente, podem garantir não apenas um bom desempenho nos motores de busca, mas também uma experiência de usuário aprimorada, o que, por sua vez, contribui para a conversão de visitantes em clientes. A implementação eficaz desses elementos pode ser a diferença entre um site estagnado e um site que realmente se destaca nas buscas orgânicas.

1. Velocidade de carregamento: plugins, scripts e css em excesso

A velocidade de carregamento é um dos fatores mais importantes para o SEO e a experiência do usuário. Sites lentos, especialmente aqueles que dependem de muitos plugins, scripts externos ou arquivos CSS desnecessários, tendem a ter uma taxa de rejeição mais alta e uma classificação mais baixa nos mecanismos de busca.

Solução: Otimize o código, minimize o uso de plugins, combine arquivos CSS e JavaScript, e utilize técnicas como lazy loading para imagens. Ferramentas como Google PageSpeed Insights podem ajudar a identificar gargalos.

2. Uso de page builders, sites pesados e código ineficiente

Além de gerar código HTML e CSS redundante, o uso de page builders em plataformas como o WordPress pode levar a problemas significativos no banco de dados. Essas ferramentas frequentemente armazenam grandes quantidades de metadados, realizam consultas complexas e exigem operações de deserialização, impactando diretamente o desempenho do site.

Excesso de metadados armazenados no banco de dados

Page builders e muitos plugins tendem a armazenar uma grande quantidade de metadados no banco de dados. Esses metadados são usados para gerenciar configurações, layouts e funcionalidades, mas podem se acumular rapidamente, especialmente em sites com muitas páginas ou atualizações frequentes.

Solução: Realize uma limpeza periódica do banco de dados, removendo metadados desnecessários. Utilize plugins de otimização de banco de dados ou scripts personalizados para excluir registros obsoletos.

Consultas ao banco de dados lentas

Cada vez que uma página é carregada, o WordPress precisa realizar consultas ao banco de dados para recuperar informações como posts, metadados, configurações de plugins e temas. Quando essas consultas são mal otimizadas ou envolvem grandes volumes de dados, o tempo de resposta do servidor aumenta significativamente.

Solução: Otimize as consultas ao banco de dados, garantindo que os índices estejam corretamente configurados. Utilize ferramentas como o Query Monitor para identificar consultas lentas e substituí-las por alternativas mais eficientes.

Deserialização de grandes quantidades de dados

Muitos page builders e plugins armazenam configurações e dados em formato serializado no banco de dados. Quando o WordPress precisa carregar uma página, ele deve buscar e deserializar esses dados, o que pode ser um processo demorado, especialmente quando há grandes volumes de informações.

Solução: Limite o uso de dados serializados sempre que possível. Armazene apenas informações essenciais e considere o uso de caching para reduzir a necessidade de deserialização frequente.

Múltiplos JOINs no MySQL

Em sites complexos, o WordPress frequentemente precisa realizar múltiplos JOINs entre tabelas para recuperar informações completas. Essas operações podem ser particularmente lentas quando as tabelas são grandes ou não estão adequadamente indexadas.

Solução: Simplifique a estrutura do banco de dados sempre que possível. Utilize índices estratégicos para acelerar as consultas e considere a normalização ou desnormalização de tabelas, dependendo do caso. Além disso, utilize caching em nível de banco de dados para reduzir a carga de consultas repetitivas.

Impacto no desempenho orgânico

Esses problemas relacionados ao banco de dados não apenas afetam a velocidade do site, mas também impactam negativamente a experiência do usuário e a capacidade dos mecanismos de busca de rastrear e indexar o conteúdo de forma eficiente. Um site lento pode resultar em taxas de rejeição mais altas e uma classificação mais baixa nos resultados de busca.

Melhores práticas para mitigar esses problemas

  1. Otimize o banco de dados: Remova metadados desnecessários, indexe tabelas corretamente e utilize caching para reduzir a carga de consultas.
  2. Limite o uso de page builders: Priorize o desenvolvimento personalizado ou utilize page builders que geram código limpo e eficiente.
  3. Implemente caching: Utilize soluções como WP Rocket, Redis ou Memcached para armazenar consultas e páginas em cache, reduzindo a necessidade de processamento repetitivo.
  4. Monitore e ajuste: Utilize ferramentas de monitoramento para identificar gargalos no banco de dados e realizar ajustes contínuos.

3. Estrutura de dados e schema.org com marcação genérica ou inexistente

A estrutura de dados, como o Schema.org, é essencial para ajudar os mecanismos de busca a entenderem o conteúdo do seu site. Sites com marcação genérica ou sem nenhuma estrutura de dados perdem oportunidades de se destacar nos resultados de busca, especialmente em rich snippets (resultados enriquecidos).

Solução: Implemente marcações estruturadas específicas para cada tipo de conteúdo (artigos, produtos, eventos, etc.). Utilize ferramentas como o Google Structured Data Testing Tool para validar a implementação.

4. Responsividade e design não otimizado para dispositivos móveis

Com a predominância do mobile-first indexing do Google, sites que não são responsivos ou não são otimizados para dispositivos móveis tendem a ser penalizados nos rankings de busca. Um design que não se adapta a diferentes tamanhos de tela pode resultar em uma experiência de usuário ruim.

Solução: Adote uma abordagem mobile-first no desenvolvimento, garantindo que o site seja totalmente responsivo. Teste o site em diferentes dispositivos e utilize o Google Mobile-Friendly Test para verificar a compatibilidade.

 

5. Arquitetura de informação e URLs: estrutura de links complexa ou desorganizada

A arquitetura de informação do site, incluindo a estrutura de URLs, influencia diretamente a capacidade dos mecanismos de busca de rastrear e indexar o conteúdo. URLs complexas, com parâmetros desnecessários ou hierarquia confusa, podem dificultar o entendimento do site pelos crawlers. Além disso, a criação de post_types personalizados sem uma avaliação prévia da estrutura de links pode resultar em slugs genéricos ou pouco descritivos, prejudicando o SEO.

Problemas relacionados

  1. URLs longas e com parâmetros dinâmicos: Exemplo: www.exemplo.com/categoria?id=12345.
  2. Slugs genéricos em post_types personalizados: Muitas vezes, os slugs criados automaticamente ou de forma não planejada não refletem o conteúdo real da página, como www.exemplo.com/post-type-1/item-123.
  3. Falta de hierarquia clara: URLs sem uma estrutura lógica, como www.exemplo.com/produto123, em vez de www.exemplo.com/categoria/produto.

Soluções e melhores práticas

  1. Avalie a estrutura de links antes de criar post_types personalizados
  2. Planeje a hierarquia de URLs antes de desenvolver o site, garantindo que os slugs sejam descritivos e reflitam o conteúdo da página.
  3. Evite slugs genéricos ou automáticos. Por exemplo, em vez de www.exemplo.com/produto-1, utilize www.exemplo.com/categoria/nome-do-produto.
  4. Utilize URLs amigáveis e hierárquicas:
    Exemplo: www.exemplo.com/produto/nome-do-produto em vez de www.exemplo.com/produto?id=12345.
    Mantenha uma estrutura clara e lógica, facilitando o rastreamento pelos mecanismos de busca e a navegação pelo usuário.
  5. Otimize slugs para SEO:
    Inclua palavras-chave relevantes nos slugs, mas sem exagerar. Exemplo: www.exemplo.com/marketing-digital/dicas-seo.
    Evite stop words (palavras como “e”, “de”, “um”) que não agregam valor ao SEO.
  6. Utilize um sitemap XML:
    Um sitemap bem estruturado ajuda os mecanismos de busca a entenderem a organização do site e a indexarem o conteúdo de forma eficiente.
  7. Revise e ajuste a estrutura existente:
    Se o site já estiver no ar, utilize ferramentas como o Google Search Console para identificar URLs problemáticas e redirecione-as para versões otimizadas.
    Considere a implementação de redirecionamentos 301 para manter a autoridade de links ao alterar URLs.

Uma estrutura de URLs bem planejada e otimizada não apenas facilita o rastreamento pelos mecanismos de busca, mas também melhora a experiência do usuário, aumentando as chances de conversão. URLs descritivas e hierárquicas ajudam a comunicar claramente o conteúdo da página, tanto para os usuários quanto para os algoritmos de busca.

Conclusão

O desempenho orgânico de um website está intrinsecamente ligado a aspectos técnicos do desenvolvimento. Desde a velocidade de carregamento até a estrutura de dados e a arquitetura de informação, cada detalhe conta para garantir que o site seja amigável tanto para os mecanismos de busca quanto para os usuários. Investir em um desenvolvimento técnico robusto e otimizado não apenas melhora o SEO, mas também aumenta a conversão e a satisfação do usuário.

Se o seu site está enfrentando problemas de desempenho orgânico, é hora de revisar esses fatores técnicos e implementar as melhorias necessárias. Conte com uma equipe especializada em desenvolvimento e SEO para garantir que seu site esteja sempre à frente da concorrência.



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